Sou uma pessoa de fascínio fácil.

Vou ao Continente e invariavelmente fico siderada sempre que as portas de acesso ao supermercado se abrem sozinhas (abram alas que aí vem Rita, a Grande, procurar farinhas de cenas que depois arrumará em lindos frascos na despensa e utilizará nunca). Magia! grita o meu cérebro de imediato.

Falando seriamente, sofro do forte problema que é a ignorância (quase) absoluta sobre como funcionam (quase todas) as coisas mecânicas produzidas pela mão humana. As lâmpadas, os computadores, as impressoras, os aviões, ohmeudeus, OS AVIÕES! Desconheço como tudo isto funciona e isso aflige-me (mas aparentemente não o suficiente para ir consultar literatura elucidativa em vez de estar aqui a verborreiar). Suponho que o meu cérebro está demasiado ocupado com (i) o acompanhamento da obra cinéfila do Jake Gyllenhaal, (ii) a reflexão sobre qual o tipo de barba que mais bem lhe assenta e (iii) o desenvolvimento de uma tese sobre o potencial impacto positivo que o seu olhar puppy-guerreiro pode ter para o alcance da paz mundial.

Troco lições de física por farinha de grão (tenho bué).