Etiqueta no Trabalho

por Rita Bobone

Se é um recém-trabalhador acabadinho de sair das relaxantes quatro paredes da faculdade e não sabe bem como agir perante certas situações no seu emprego, ou se, por outro lado, é já um trabalhador antigo, mas dedica uma reduzida quantidade de massa cinzenta ao entendimento e cumprimento das regras sociais no local de trabalho, então sente-se comigo e leia este pedacinho de texto iluminador.

Numa reunião com pessoas com quem tem uma relação estritamente profissional (amizade excluída, entenda-se), ao chegar:

DEVE: cumprimentar as pessoas presentes com vários acenos (de cabeça) rápidos para toda a sala ou com um aperto de mão seco e breve, caso a pessoa se levante ou dirija até si.
NÃO DEVE NUNCA: colocar a mão pesadona sobre o ombro ou, escândalo dos escândalos, cintura da pessoa à sua frente, puxando-a para dois desconfortáveis, yet demorados beijinhos (se tem muita dificuldade em evitar realizar este comportamento, pense em duas palavras: gripe a), nem deve massacrar a mão da pessoa que a estendeu com um aperto húmido e/ou quebrador de ossos e/ou extremamente prolongado.


Num telefonema com um(a) colega que viu apenas duas ou três vezes em breves reuniões e com quem até sente algum à vontade, devido à reduzida diferença hierárquica ou etária:

DEVE: tratar a outra pessoa por tu, caso sinta que é adequado e que a personalidade da outra pessoa o permite, sem que surjam desconfortos.
NÃO DEVE NUNCA: tratar a outra pessoa por "linda", repetindo a expressão várias vezes durante a conversa, sempre que necessitar de se dirigir à outra pessoa.


De manhã, quando chegar ao trabalho e entrar no elevador:

DEVE: olhar em frente ou para o tecto ou para a plaquinha electrónica que indica o nº do piso em que o elevador se encontra.
NÃO DEVE: olhar fixamente para a pessoa que se encontra ao seu lado e, colocando a cabeça numa posição anatomicamente muito pouco comum, tentar ler o título do livro que esta traz na mão.